É sabido que a maioria dos países não consegue se manter apenas com matérias primas e produtos “puramente” nacionais. Sendo assim, a nacionalização de produtos tornou-se uma das principais formas de importação. 

 

Ela  consiste na transformação do produto internacional em nacional, ou seja, o importador adquire mercadoria estrangeira para consumo, revenda ou industrialização.

 

Porém, para que o processo seja feito com eficiência, é preciso conhecer as etapas e evitar atrasos no recebimento, taxas e impostos não previstos e outros problemas que podem ocorrer. 

 

O que é a nacionalização de produtos importados?

 

Quando um produto é importado e chega ao Brasil é necessário efetuar sua nacionalização para que ele possa circular livremente no país. Com isso, o produto estrangeiro pode ser retirado do recinto alfandegado e passa de mercadoria estrangeira a mercadoria nacional.

 

Mas, apesar de parecer simples, essa não é a realidade. Existem etapas e questões aduaneiras que precisam ser analisadas, além de verificar se o produto pode de fato ser nacionalizado.

 

nacionalizacao de produtos

 

Etapas da nacionalização de produtos

 

As etapas do processo de nacionalização ocorrem de acordo com o tipo de produto, pois alguns requerem autorização prévia para importá-los. Nessas etapas podemos destacar a importância da verificação do tratamento administrativo e tributário, que envolvem os cálculos prévios da nacionalização.

 

Vale ressaltar que, todas as etapas estão interligadas e dependem uma da outra: 

 

1- Disponibilizar Numerário para Despachante

 

O numerário, basicamente, é o valor do custo da importação, no qual normalmente consta o valor da mercadoria, frete, seguro, tributos de importação e quando necessário, taxas. Portanto, essa é uma etapa que precisa de atenção.

 

A partir do momento que a mercadoria chega no Brasil, provavelmente seu planejamento é retirá-la do recinto alfandegário o mais rápido possível para evitar custos extras — como armazenagem.

 

Por esse motivo, disponibilizar o numerário antecipado ao Despachante agiliza essa etapa. Assim, ele fará o registro da Declaração de Importação (DI) o mais rápido possível, após concluída a presença de carga, e seguirá para as próximas etapas.

 

2- Registros: embarcação, carga, tributos

 

Quando a carga chega no porto ou aeroporto, são necessários alguns procedimentos para gerar a presença de carga no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior). É o momento de confirmar que a mercadoria foi recebida pelo depositário do recinto alfandegário e que está de acordo com as informações prestadas pelo transportador.

 

Após gerada a presença de carga, é preciso dar início ao despacho aduaneiro que começa com o Registro da DI ou DUIMP (Declaração Única de Importação), o qual se torna o documento que contém todas as informações relacionadas à nacionalização de produtos, por isso a importância do seu preenchimento. 

 

Nesse momento é feito o recolhimento dos tributos federais.

 

3- Pagamento de Tributos

 

O pagamento de tributos na nacionalização tem como base a classificação fiscal e seu código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Com base nele, saberemos quais os tributos e alíquotas serão aplicados para nacionalização do produto.

 

Temos como tributos os impostos federais:

 

  • II (Imposto de Importação);
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
  • PIS (Programa de Integração Social);
  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
  • E o imposto estadual:

 

ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).

 

Demais etapas

 

Já citamos algumas etapas para nacionalização de produtos, nas quais é aconselhável envolver um profissional com experiência.

 

Portanto, vale lembrar que o planejamento se inicia antes mesmo de adquirir o produto, visto que é necessária a verificação prévia para confirmar se o produto pode ser nacionalizado, se existe alguma restrição ou Licença de Importação (LI) a ser feita antes de importar.

 

Além disso, é preciso trabalhar em sintonia com todos os envolvidos, pois, após as verificações antecipadas citadas acima, o produto chegará no Brasil e será armazenado no recinto alfandegário. 

 

Em seguida, deverá então ser feito o Registro da DI com o pagamento dos impostos para que o produto seja, consequentemente, liberado para o importador.

 

Documentos necessários para a nacionalização de produtos

 

Para realizar a nacionalização de mercadorias, é necessário:

 

  • Fatura Comercial;
  • Packing List;
  • Conhecimento de Embarque (BL ou AWB);
  • Comprovante de pagamento;
  • Certificado de origem.

 

Benefícios da nacionalização de produtos

 

Dentre os benefícios da nacionalização de produtos podemos citar: 

 

  • Possibilidade de ter acesso a produtos ou insumos que não estão disponíveis em territórios nacionais;
  • Poder variar os fornecedores em busca de vantagens comerciais;
  • Conseguir continuar a cadeia de produção em caso de crise de fornecimento de produtos;
  • Possibilidade de oferecer um melhor custo benefício para o consumidor final.

 

Fonte: LogComex, Wilson, Gett 

 

West Despachos, sua opção para Despachos e Desembaraço Aduaneiro

 

A West Despachos é uma empresa especializada em despachos aduaneiros e desembaraço (aéreo, marítimo e rodoviário). Atendemos todo o Brasil. Prestamos assistência 24 horas por dia. Nosso atendimento é personalizado, feito diretamente com a liderança. Oferecemos aos nossos clientes soluções de forma ágil, assertiva, segura e eficiente. Nossa maior satisfação é oferecer ao cliente o desfecho necessário para os processos burocráticos. 

Estamos localizados nas: 

Unidade 01 – Rua Uruguai, 161 – 1 andar – Sala 03 – Itajaí

Unidade 02 – Dionísio Cerqueira

Nossos telefones para contato são: 49 3644.0365 / 47 3311-3265